Tivera a sorte de
conhecer dois Renatos. Cada qual épocas distintas e que a socorreu na hora certa. O primeiro deles e mais
marcante foi naquele curso de
arquitetura e urbanismo, depois da faculdade de engenharia.
Com este aprendeu a dar valor nas mínimas coisas boas da
vida. O sorvete calórico no fim da tarde e a pizza no final de semana. Enquanto
ao lado dele os pontos da dieta só serviam para somar alegria e contentamento.
Conversavam muito, brigavam quase nada e beijavam-se intensamente nos
intervalos das aulas.
Elisa tinha a certeza de que não havia encontrado até a primavera
de 2006 uma pessoa tão paciente e segura de si. O primeiro Renato, que logo se
distanciou dela por motivos de idade e força maior, mostrou para a donzela que
ela era capaz até do que ela nem imaginava.
Em 2012, numa atordoada quinta-feira de setembro, quando
Elisa desapercebeu-se do volante e atropelou um veículo, um Renato também veio
socorrê-la. Este assistiu tudo de longe e sem que ela o conhecesse, a
justificou.
Elisa acredita em anjos. Não só aqueles que ficam pendurados
nas árvores de Natal ou que fazem parte de um oratório cristão. Os que ela
confia e percebe estão por toda a parte, quando a ajudam a sair de alguma
enrascada ou lhe trazem presente silenciosos para a alma.
Este que tem por significado de nome serem renascidos, na
opinião de Elisa, estão prontos para lhe ensinarem recomeço, justiça e
amor próprio. Vieram para cumprir uma
missão terrena de proporcionar aos perdidos o caminho do equilíbrio espiritual.
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