segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Renatos são anjos

 



Tivera  a sorte de conhecer dois Renatos. Cada qual épocas distintas e que a socorreu na hora certa. O primeiro deles e mais marcante foi naquele curso  de arquitetura e urbanismo, depois da faculdade de engenharia.

Com este aprendeu a dar valor nas mínimas coisas boas da vida. O sorvete calórico no fim da tarde e a pizza no final de semana. Enquanto ao lado dele os pontos da dieta só serviam para somar alegria e contentamento. Conversavam muito, brigavam quase nada e beijavam-se intensamente nos intervalos das aulas.
 
Elisa tinha a certeza de que não havia encontrado até a primavera de 2006 uma pessoa tão paciente e segura de si. O primeiro Renato, que logo se distanciou dela por motivos de idade e força maior, mostrou para a donzela que ela era capaz até do que ela nem imaginava.

Em 2012, numa atordoada quinta-feira de setembro, quando Elisa desapercebeu-se do volante e atropelou um veículo, um Renato também veio socorrê-la. Este assistiu tudo de longe e sem que ela o conhecesse, a justificou.
 
 

Elisa acredita em anjos. Não só aqueles que ficam pendurados nas árvores de Natal ou que fazem parte de um oratório cristão. Os que ela confia e percebe estão por toda a parte, quando a ajudam a sair de alguma enrascada ou lhe trazem presente silenciosos para a alma.

Este que tem por significado de nome serem renascidos, na opinião de Elisa, estão prontos para lhe ensinarem recomeço, justiça e amor  próprio. Vieram para cumprir uma missão terrena de proporcionar aos perdidos o caminho do equilíbrio espiritual.


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