sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Caridade

Eu daria muitas coisas por ele agora. Tudo não. Só aquelas que eu pudesse chantagear meu próprio ego.

Daria minha coleção de canetas coloridas, minhas garrafas de Coca-Cola sabor cereja que me trouxeram da Alemanha, meus papéis de carta doaria às crianças da APAE ou à alguma ONG que pratique sustentabilidade ou marketing verde.
Por ele eu faria. Não faria média. Faria muito. Muito de não comer carboidrato depois das seis, correr todo dia e não mais só na quarta e sexta e cortaria o doce de final de semana.

Tá bom, eu perdi. Ai de mim ter que arrumar o quarto todos os dias, organizar os sapatos e fazer as unhas toda quinta-feira. Para quem faz a cada quize dias, toda semana é um desaforo.

Não porque ele merece. Mas porque talvez eu mereça abrir mão das futilidades e regrinhas medíocres para tê-lo. Existem momentos que percememos que não vamos ser maisbem realizados ou menos bem comidos e/ ou reconhecidos se não desistirmos dos caprichos.

Por que quando ele me olha, me pega pela cintura com aquele perfume de essência madeirada na camiseta preta, eu quero mesmo é que as formigas comam todo meu chocolate, minhas cadelas comam todos os meus biscoitos, que meu quarto mofe por inteiro e que meus sapatos se percam junto com as botas de Judas. É ele. Ponto final.

2 comentários:

Adriana disse...

é as vezes é necessarios abrir mão de algumas coisas mesmo...
só temos que avaliar se vale a pena. mas tamb, na vida costumamos dar importancias a coisas q na verdade nem sao tao importantes...

Eduardo disse...

Por muitas vezes damos importância as coisas e não as pessoas. As coisas não nos dá felicidade contínua,é passageira. Já uma pessoa confiável sempre te surpreederá e lhe deixará nas nuvens...

Parabéns pelo blog Ind.